Existem inúmeras histórias de escapadas sensacionais, principalmente
no século 20. Certamente um dos casos mais famosos, que virou livro e
filme de sucesso, foi o do francês Henri Charrière, o Papillon, que, na
década de 1940, escapou de uma terrível prisão na Guiana Francesa (veja
infográfico ao lado). Mas numa lista sobre o tema também não poderiam
faltar pelo menos outros quatro episódios incríveis:
COM A AJUDA DO CORREIO
Em março de 1849, o escravo Henry Brown escapou de uma fazenda na
Carolina do Norte, nos Estados Unidos, com a ajuda do correio. Henry se
enfiou numa caixa de madeira construída por um amigo carpinteiro e
convenceu dois companheiros a despachar o volume pelo correio para a
cidade da Filadélfia, onde foi resgatado por militantes abolicionistas
após uma jornada de mais de 27 horas
ALIADOS PELA LIBERDADE

O MISTÉRIO DE ALCATRAZ
A prisão estadual na ilha de Alcatraz, na baía de São Francisco, era
considerada à prova de fugas. Ela ficava quase 2 quilômetros distante do
continente, tinha cercas elétricas e até microfones subterrâneos para
detectar a construção de túneis. Mesmo assim, em 1962, os presos Frank
Morris e Clarence e John Anglin escavaram o chão de suas celas e
chegaram ao mar. Só não se sabe até hoje se eles alcançaram o continente
ou morreram afogados
Em 1970, o americano Billy Hayes foi preso na Turquia com 2 quilos de
haxixe. Condenado a 30 anos, ele foi enviado para Sagmalicar, uma
prisão famosa pela brutalidade dos guardas e pela segurança reforçada.
Transferido afinal para uma prisão menos rigorosa, numa ilha, Hayes
fugiu, após cinco anos de cárcere, roubando um barco a remo e navegando
até a Grécia. Sua história deu origem ao filme Expresso da Meia-Noite
(1978).
Escapada para a glóriaO francês Papillon driblou a prisão, enfrentou um mar com tubarões e virou autor de um best seller
1. Quando jovem, em Paris, Henri Charrière era um conhecido
arrombador de cofres e gigolô. Por ter no peito a tatuagem de uma
borboleta, ganhou o apelido de Papillon - nome do inseto em francês. Em
1931, aos 25 anos, foi preso e indiciado pelo assassinato de um gigolô
rival, crime que sempre negou ter cometido

3. Em 1934, Papillon arriscou uma fuga: navegou quase 3 mil
quilômetros e chegou à selva venezuelana, onde passou a viver entre os
índios. O plano teria sido perfeito se ele não tivesse se envolvido num
conflito com os nativos por causa de uma mulher da tribo. Obrigado a
deixar seu esconderijo, acabou capturado e enviado de volta à Ilha do
Diabo
4. Nos anos seguintes, Papillon tentou outras sete fugas, todas
frustradas. Em 1944, porém, conseguiu construir uma jangada usando cocos
e coqueiros e se lançou no mar, flutuando na corrente até chegar de
novo à Venezuela. Dessa vez, entretanto, rumou até a capital do país,
Caracas, onde abriu um restaurante e virou um empresário bem-sucedido
5. Em 1968, aos 62 anos, ele escreveu o livro Papillon, publicado no
ano seguinte na França, com estardalhaço. Em 1970, o governo francês lhe
deu um perdão oficial, permitindo o retorno do ex-prisioneiro à terra
natal. Quando morreu, em 1973, Papillon era um autor de sucesso: seu
livro, traduzido para 16 idiomas, vendeu cerca de 5 milhões de cópias no
mundo e até virou filme.
Fonte: Mundo Estranho
Marcela, muito legal seu artigo.
ResponderExcluirAs fugas são realmente espetaculares.
Delas conhecia apenas a do Expresso da Meia-Noite.
Parabéns.
Obrigada! De fato é um artigo bem legal,adorei pesquisa-lo! Seja sempre bem-vindo! Um abraço!
ResponderExcluirMuito legal, vi o filme do Papillon ontem, procurei mais sobre e achei esse site, muito legal aprofundar mais na história!
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