terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Wow - O Sinal Extraterrestre

Há tempos que diversos cientistas tem tentado se comunicar com civilizações inteligentes em outros planetas, mesmo estando muito distantes de nós. Para isso, eles utilizam poderosos radiotelescópios,
É uma busca extremamente demorada, que nunca apresentou grandes resultados. Contudo, em 1977, um misterioso sinal foi recebido e é considerado até os dias atuais como o único que possa ter sido emitido por uma fonte não-natural fora da Terra.
No dia 15 de agosto, como fazia todas as noites, o radioastrônomo Jerry Ehman analisava dados obtidos pelo radiotelescópio Big Ear, da Universidade de Ohio, nos EUA.
Até então, a grande maioria dos sinais captados pelo pesquisador já eram bem conhecidos, e não passavam de emissões emitidas de galáxias ou outros objetos distantes. Até que  um fraco sinal diferente dos demais começou a aumentar gradualmente até atingir seu ápice, decaindo e desaparecendo em seguida, lentamente. O tempo total de detecção foi de exatos 72 segundos, e seu pico de intensidade era tão grande que superou o limite da escala preparada para as observações.
Surpreso e confuso, Jerry não tinha muito tempo para analisar cientificamente o fato, então escreveu ao lado dos códigos que representavam os sinais, em uma folha impressa pelo computador, a intensidade do evento que acabara de presenciar: “WOW !”
 
Observando a posição da antena, os pesquisadores concluíram que as ondas eletromagnéticas detectadas foram emitidas da constelação de Sagitário, com uma frequência de 1420.4556 MHz, correspondente à linha 21 do hidrogênio.
A estrela mais próxima que existe naquela direção está a 220 anos-luz de distância de nós. Assim, se o sinal partiu mesmo daquela região, foi um evento astronômico de gigantesca potência e que até hoje não foi descoberto pelos pesquisadores.
O Big Ear não é giratório e está fixo no solo. Seu movimento de varredura é dado pela própria rotação da Terra. Ele capta os sinais provenientes do espaço através de um feixe de recepção bastante estreito apontando para o infinito. Como em todas as antenas parabólicas ou direcionais, a sensibilidade é maior na região central do feixe, diminuindo nas laterais. Assim, sempre que uma fonte de rádio proveniente do espaço cruza o radiotelescópio, ela aumenta de intensidade quando a rotação da Terra traz o sinal para o centro do feixe.
No caso desse radiotelescópio, a largura do feixe de recepção era extremamente estreita, e qualquer sinal que viesse do espaço levava sempre 72 segundos para atravessar o feixe. E foi exatamente isso o que ocorreu naquela noite.
Veja o vídeo abaixo da gravação original do sinal WOW. 
                        
 Hipóteses

Se o sinal fosse proveniente da Terra, a intensidade iria crescer quase que imediatamente, e diminuiria também de forma abrupta. Se o sinal viesse de algum satélite terrestre também não apresentaria o intervalo de detecção de exatos 72 segundos.
Alguns poderiam supor que alguém quisesse enganar os pesquisadores, simulando uma transmissão clandestina na faixa da linha do hidrogênio, mas dadas as características do sinal essa hipótese também foi descartada. Para se ter uma ideia, são necessários quase 6 minutos de varredura para cobrir uma região do céu de tamanho angular igual à Lua. Em outras palavras, esse alguém teria que ir ao espaço, permanecer imobilizado, ligar seu transmissor e esperar a Terra posicionar a antena do radiotelescópio à sua frente.
Se o sinal viesse de um ponto fixo no espaço, o sinal deveria crescer, atingir uma intensidade máxima e decair conforme a rotação da Terra movimentasse a antena. O sinal “WOW” cumpriu esse requisito, caracterizando-o como uma verdadeira emissão vinda de uma fonte fixa do céu, mas de origem desconhecida.
Após o evento, diversas experiências foram feitas em diversos comprimentos de ondas, sempre focadas na mesma direção do céu. Receptores mais sensíveis foram utilizados e diversos intervalos de tempo foram escolhidos na tentativa de se captar algum sinal periódico, mas desde 1977 nenhum sinal que chamasse a atenção foi detectado. Até agora, mais de 30 anos depois, não se chegou a uma explicação lógica sobre a origem do sinal WOW.

Hidrogênio

O hidrogênio é o elemento mais abundante do Universo. Sua frequência natural de emissão é 1420.4556 MHz, também chamada de linha 21 ou “janela d´água”. Por ser o elemento em maior quantidade no universo, os cientistas acreditam que essa também seja a frequência mais óbvia para se tentar algum contato com outras civilizações, tanto para transmissão quanto para para recepção de sinais. Em 1977, o sinal WOW foi detectado exatamente nessa frequência.
Infelizmente, não há nenhuma maneira de saber exatamente o que causou o sinal WOW. Por mais que alguns de nós gostaríamos de usá-lo como prova da vida extraterrestre, isso seria um ato de fé, e não científico na melhor das hipóteses.
Logicamente, a conclusão que deve ser feita é que o sinal WOW muito provavelmente se originou no espaço profundo, mas se o fizesse, então ele era um fenômeno astronômico completamente desconhecido, ou uma transmissão alienígena interceptada. Mas como não há nada para seguir em frente, não há nenhuma maneira de provar ou refutar qualquer uma dessas ideias.
  Por enquanto, sinal WOW se mantém como nada mais que uma sugestão vaga, mas fascinante, de que pode haver mais coisas que espreitam lá fora, nesta galáxia que tão pouco conhecemos.

O Mistério do Mapa de Piri Reis

O mapa representa a costa oeste do continente africano, a costa oeste do continente sul-americano e o norte da Antártida. Trata-se de um fragmento de um mapa-mundi, cujas outras partes nunca foram
encontradas. De acordo com registros escritos pelo próprio Piri Reis, o mapa foi baseado com base em dezenas de outros.
De início, ninguém deu tanta importância para o mapa. Algumas cópias foram reproduzidas e enviadas para famosos museus, mas somente nos anos 50 que ele se tornou mundialmente famoso.
Após uma série de análises, constatou-se que o mapa possuía centenas de pontos do planeta só conhecidos oficialmente séculos depois por outros navegadores, além de mostrar detalhes geológicos incríveis. Para muitos, o mapa só poderia ter sido desenhado caso o autor soubesse precisamente a circunferência da Terra, embora alguns dados do mapa não fossem exatos. Um exemplo disso é que a latitude e longitude de muitos pontos estão corretas, algo que só soubemos a calcular séculos depois.

Para começar o enigma, o mapa de Piri Reis mostra pela primeira vez a América do Norte interligada com a do Sul e indica a Groelândia e a Antártica, que ainda não tinham sido descobertas. A riqueza de detalhes sugere que o documento só poderia ter sido elaborado a partir de fotografias tiradas de uma altitude elevada, recurso inexistente no século 16.

As indicações geográficas e projeções do documento são surpreendentemente precisas e, embora se trate de um mapa elaborado no antigo sistema portolano, as posições estão marcadas corretamente quanto à latitude e longitude, técnica que só se tornou possível três séculos depois, em 1790, com a invenção do relógio marítimo adequado.

Por esses e outros argumentos, o mapa de Piri Reis encerra um dos maiores mistérios da cartografia, levando milhares de estudiosos, como sempre, a elaborarem todo tipo de explicações pró e contra o documento.

Perdido por três séculos, esse mapa foi redescoberto por historiadores no Palácio Topkapi, em Istambul, em 1929. Seu autor, Piri Reis, foi um almirante otomano nascido por volta de 1465, na atual Turquia. Depois de combater as marinhas espanhola, genovesa e veneziana, sucumbiu aos portugueses em 1554, ao norte do Golfo Pérsico, e foi decapitado.

Junto com o mapa, Piri Reis publicou em 1513 o "Kitab-i Bahieh" ou Livro da Marinha, onde, entre informações gerais, explica que elaborou sua versão cartográfica a partir de 20 outros documentos, dentre os quais alguns manuscritos orientais únicos e até um documento desenhado por Cristóvão Colombo.

Mesmo esta explicação da origem das informações cartográficas redunda em polêmica - por exemplo, as indicações cartográficas de Piri Reis mostram a conformação das regiões polares exatamente como estavam antes da última glaciação e não na situação atual. Qual dos mapas em que ele se baseou poderia conter informações de 10 mil anos atrás? E para referenciar tantos detalhes, Piri Reis precisaria de uma equipe profissional e de levantamento cartográfico aéreo ou espacial - quem teria, há mais de 500 anos, aviões e equipamentos geográficos? Mistério...


Especificamente com relação à Antártica, existe outro enigma: um mapa, desenhado por Oronteus Finaeus em 1532, mostra detalhadamente como é o continente sob o gelo muito antes de ele ter sido descoberto. Modernamente, só pudemos mapear aquela região em 1956, quatrocentos anos depois, com a realização de levantamentos sísmicos.

Um curiosidade do mapa é que as regiões polares estão representadas como estavam antes da última era do gelo, que aconteceu há 10 mil anos atrás. E não se sabe onde ou no que Piri Reis de baseou para registrar informações de um período tão remoto. Além disso, a Antártida representada no mapa não estava coberta por gelo, e a América e o Pólo Sul estão conectadas por terra, por isso, alguns cartógrafos acreditam que a inspiração de Piri Reis veio de algum outro mapa de pelo menos 4.000 a.C.

Porém, a única dedução razoável é que quem cartografou o globo, há milhares de anos atrás, tinha alto nível tecnológico. Curiosamente, segundo Finaeus, o mapa por ele desenhado foi baseado em outras cartas muito mais antigas, a exemplo do mapa do turco Piri Reis.

Como era o cardápio medieval

A comida dos camponeses do século 12, quem diria, era nutritiva. Os pobres, que formavam 90% da população da Europa, tinham uma dieta muito mais balanceada que a dos nobres e religiosos. Ela incluía iguarias como carne de castor, mingau de trigo e água com vinagre.

Proteínas
Iguarias

Peixes eram as proteínas mais comuns, principalmente no litoral. Sardinhas (como na foto), congros e carpas eram o carro-chefe. Já carne costumava ser rara e caríssima. Ninguém comia vacas porque gado servia como força de trabalho.

Caiu na rede, é peixe
"Peixe" era todo animal que vivia na água. Como a Igreja incentivava o consumo desse alimento, valia tudo: de camarão a baleia. No norte da Europa rabo de castor era iguaria. Como o bicho morava na água, virou peixe.

Prato bem temperado Nos castelos já havia especiarias asiáticas, como pimenta e gengibre. Mas, no campo, tempero era sálvia, tomilho, salsa ou manjericão.

Luz de sebo
As casas tinham apenas uma janela. Para aquecer, era feita uma fogueira sem chaminé. Para iluminar, velas de sebo ficavam acesas até a hora de dormir, umas 21h.

Carboidratos
Mingau nosso
Os mingaus eram engrossados com papa de trigo: cozia-se lentamente aproveitando todo tipo de alimento. A medicina aprovava, pois se acreditava que comida picada, cozida ou triturada fazia bem para a digestão.

Pé de pão
Na península ibérica, as castanhas eram tão essenciais que as castanheiras ganharam o apelido de "árvore de pão".

Pão pra toda obra
"Pão" era um termo genérico para definir alimentos feitos de cereais - os ricos tinham acesso ao feito de trigo, como os de hoje, mas os pobres comiam uma versão mais escura feita de restos de cereais.

Vegetais
Salada de frutas

No norte da Europa, as frutas mais comuns eram morango, maçã e pera. No sul, uvas, figos e laranjas. Os ricos as usavam para dar um gosto agridoce a pratos salgados. Já os pobres comiam as frutas diretamente do pé, sem lavá-las.

Velhos vegetais
Antes da descoberta do Novo Mundo, não havia batata, tomate nem milho. O jeito era se virar com grão-de-bico e ervilha. Os ricos desprezavam repolho, espinafre e cenoura - mas os pobres não viviam sem eles, cozidos em sopas.

Bebidas
Na palma da mão

Quando chegou a Paris, a prin­cesa bizantina Teodora causou escândalo no jantar ao usar um objeto esquisito para comer. Era um garfo. Entre os pobres, o hábito era comer com as mãos e virar o prato na boca.

Cachaça é água
Água potável era rara, e o risco de doenças, alto. Por isso, a maioria preferia bebidas alcoólicas. Eram consideradas saudáveis e nutritivas.

Vinho
O vinho (de uva, romã, amora ou pera) era comum no sul. O processo de fermentação era parecido com o atual, apenas mais diluído em água.

Cerveja
Antes da descoberta da levedura, a cerveja estragava em poucos dias. Era consumida fresca e por isso ficava bem mais escura.

Vinagre
Nem todo mundo tinha casa e emprego. Sem acesso a vinho, os indigentes se viravam com vinagre diluído em um pouco de água, que servia para matar os germes.

INGREDIENTES DA SOPA E DO MINGAU
• Espinafre

• Beterraba

• Cebola

• Couve

• Alho

• Grão-de-bico

• Cenoura

• Repolho

• Ervilha

• Fava

Fontes Dicionário Temático do Ocidente Medieval, História da Vida Privada, volumes 1 e 2, Paul E. Szarmach, historiador da Universidade de Cambridge, e Patrick Geary, professor de história da Universidade da Califórnia.