Há mais de 65 milhões de anos, dinossauros habitavam a Bacia do Rio do Peixe, em Sousa, na Paraíba. Em suas andanças, eles deixaram ali a maior concentração de pegadas da América Latina, e em 2002 o governo do estado criou no local o Monumento Natural Vale dos Dinossauros. Como não havia infraestrutura suficiente nem para proteger os rastros pré-históricos – que dirá para receber pesquisadores –, o espaço foi fechado para obras em maio e reabre este mês, com atrações que incluem uma réplica de oito metros, tamanho real do carnívoro abelissauro, antigo morador da região.
“Recuperamos o museu, instalamos uma exposição nova e vamos pensar em exposições itinerantes, para trazer a paleontologia de outras regiões para cá. Também construímos a Casa dos Pesquisadores, que servirá de base para quem quiser estudar a região”, conta Thiago da Silva, da Superintendência de Administração do Meio Ambiente, órgão estadual. O projeto tem orçamento de mais de R$ 1 milhão e inclui cursos para a comunidade local, que poderá aprender mais sobre os dinos e sobre maneiras de se obter renda em torno do Monumento.
O paleontólogo paraibano Hebert Bruno Campos confirma que o Vale dos Dinossauros estava abandonado. “Não tinha uma administração eficaz, nem coordenação científica. Essas pegadas precisam ser mais bem protegidas e mais estudadas”, defende. Campos está finalizando um livro didático sobre os achados na região, e pretende lançá-lo no próximo ano, quando espera-se que possa comentar as boas novidades do Vale.
Fonte: Revista de História
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